O nosso segundo dia por Londres penso que me apercebi de 2 gostos inerentes ao povo Londrino, um deles é o gosto por parques, sendo que a quantidade deles é realmente muito grande. É muito frequente passarmos por parques em quase todos os quarteirões. Como se isso não bastasse, as pessoas gostam de ficar sentadas nos bancos que por lá existem, ou a passear no caso dos parques maiores. Outro ponto forte são as casas de espetáculos, mais precisamente de musicais. Por todo o lado tinhamos publicidade a musicais, onde frequentemente se viam adptações de filmes e os quais tinham sempre muita afluência. Mas esta foi a primeira fase da manhã, na qual ainda não tinhamos destino propriamente dito, como tal, tivemos de procurar locais que aceitassem a nossa música. Tarefa essa que teve uma sequência de acontecimentos muito curiosa. Pensando que a zona portuguesa era para a zona norte de Londres, lá entramos nos famosos autocarros vermelhos para ir para o nosso hipotético destino. Felizmente, e quase a chegar a Trafalgar Square, tivemos um senhor, diria que angolano, que em português nos indicou a zona certa, mais precisamente Stockwell, que por estranha coincidência é precisamente entre a nossa estadia e Londres (estando nós abaixo do Tamisa). Voltamos então para trás após darmos um breve passeio pela Casa dos Comuns e tratamos de procurar um restaurante português que nos recebesse de braços abertos. Após alguma procura encontramos um café mas no qual o Sr. Eurico (proveniente, certamente da Régua ou local próximo) nos indicou um outro establecimento (Casa da Madeira). A esta indicação seguiram-se outras que culminaram com uma profunda frustração, já que em lado nenhum era uma “altura jeitosa”. Quase em desespero de causa tivemos uma final orientação, para irmos tocar para Covent garden. E lá fomos, de instrumentos nas mãos à procura de público. Chegados lá deparamo-nos com um cenário algo agreste. Não que tivessemos camponeses com forquilhas, mas apenas porque o ambiente não era nada propício para o fado. Agora, algo desgastados depois de tantos quilómetros a pé decidimos num derradeiro esforço ir tocar para o Hyde Park. A caminho, passamos por um Nando's Bar, café de origem portuguesa, com um galo de Barcelos como símbolo e gerido por um Sr. Veiga, espanhol, oriundo do país Basco. Apesar dos tiques algo... diferentes... recebeu-nos como ainda não tinhamos sido recebidos desde a nossa chegada a Londres, e a troco de um pouco de música tivemos logo refeição, bebida e conversa até ao fim da noite. Até certo ponto senti-me desiludido ao não ter sido bem atendido pelos meus conterraneos mas sim pelos nuestros hermanos. Algo para pensar. Cansados ainda passeamos pelo Tamisa a ver a silhueta de Londres e pouco depois voltamos para o hotel. Amanhã, mais uns passeios e depois dormir no aeroporto e seguir para Praga. Vamos ver o que nos espera.
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