sábado, 7 de fevereiro de 2009
Vicky Cristina Barcelona
São certas situações, paisagens, sons, cheiros ou qualquer interacção com os nossos sentidos que nos transmitem ideias ou abrem os olhos para diferentes situações. Dou-me por vezes a pensar em todos os assuntos e em nenhum em particular quando estou mais sozinho e com pouco para fazer. Por vezes há uma desculpa ou um fio condutor que me leva a algum sítio, hoje foi um filme de Woody Allen, mais precisamente “Vicky Cristina Barcelona”. Devo começar a dizer que apesar de ser falha minha ainda não sou muito conhecedor da obra cinematográfica de Woody Allen, mas tenho de reconhecer que este filme foi particularmente bom. Poderia falar de vários aspectos, como algumas amizades salientaram, como o amor “homo-erótico” entre a Penélope Cruz e a Scarlett Johansson. Apesar de tudo, um dos aspectos que me saltou à vista foi a potencialidade que há dentro de muitos de nós. A menina Scarlett (que afinal de contas é mais nova do que eu) interpreta neste filme uma pessoa que apesar de algum jeito para a fotografia não tinha muito tempo investido nessa actividade até ter alguns elementos catalisadores que permitiram ela melhorar substancialmente nessa área. Ora é precisamente depois destas duas centenas de palavras que chego onde quero e me revejo de algum modo naquela peculiar personagem. Às vezes sinto mesmo isso, uma vontade de extravasar sentimentos e pontos de vista sem saber muito bem como o fazer. Poderá ser por isso que acabo por estar ligado a algumas actividades, umas mais artísticas que outras. Poderá ser uma procura, ou um simples escape, qual panela de pressão, para o que tenho cá dentro. No entanto, nesta estrada da auto-procura e auto-conhecimento, sei que ainda há muito a percorrer.
Para os mais distraídos é um filme que vale bem a pena ver e que pode ser que vos desperte algo. Que como ainda hoje disse, eu gosto de filmes, quer sejam alegres ou tristes, leves ou pesados, desde que mexam comigo. No entanto penso que agora mereço um bom descanso, é tarde e o cansaço não pode ser ignorado.
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