Escrevo este post de um local inédito para mim, estou neste momento na Tunísia nuns merecidos dias de descanso. A viagem para este destino começou algo cedo, dado que o nosso voo partia de Lisboa, assim, tivemos uma viagem relaxada mas apesar de tudo cansativa de comboio até à capital. Com algum receio de eventuais atrasos, optamos por ir mais cedo e tudo correndo bem, aproveitávamos o tempo para passear. Felizmente não houve atrasos e chegados ao Oriente aproveitamos para visitar o oceanário. Apesar de já o ter visto, foi agradável visitar este grande tanque, relembrando aspectos que já me tinha esquecido, tal como o peixe-lua, que pode chegar até às 3 toneladas, e muitas postas de peixe. Na minha opinião a tentativa de sensibilização que o oceanário faz é importante, a sobre-exploração dos oceanos é algo que deve estar na agenda, e muitas vezes esquecemo-nos destes “pequenos” pormenores que têm implicações muito grandes. Retomando no entanto a minha primeira incursão pelo continente africano, tenho algumas opiniões contraditórias que acho que ainda estão mal formadas dado o meu pouco tempo aqui. Um dos primeiros pontos que salta à vista, e depois de um longo dia de viagem a comer pouco, foi a comida. Não há dúvida que aqui no hotel esta é farta e variada, no entanto, e aqui reconheço alguma limitação minha, não muito atractiva. Os pratos mais tradicionais são, frequentemente condimentados em excesso e isso limita mais a nossa escolha de pratos. Vejo-me frequentemente a ter muito cuidado com as quantidades que ponho no prato para evitar surpresas desagradáveis. Este ponto fica algo diminuído com o facto de estarmos com tudo incluído, que, no caso de ser algo intragável, pode-se ir sempre buscar outra coisa para comer. Na sexta-feira fomos ainda passear ao centre de Hammamet, viagem essa que me levou a olhar várias vezes para o relógio a pensar quando voltaria para o hotel. Esta falta de vontade foi desencadeada pela voracidade e agressividade intoxicante com que os comerciantes pressionam os clientes. Somos agarrados pelo braço, barram-nos o caminho e usam de tudo para nos forçar a olhar para os produtos que estão a vender. Infelizmente para eles essa atitude só me levou a sair de lá sem nada nas mãos. Quanto a essas coisas acho que a minha veia consumista é precisamente o oposto. Gosto de ser eu a procurar e a ter a iniciativa. Um dos bons exemplos recentes disso foi a loja da Apple em Londres, a qual tinha inúmeros funcionários que estavam sempre prontos a ajudar mas que não andavam sempre em cima de nós. Além disso, da nossa passagem pela medina (mercado), o mais chato foi mesmo a suposta fábrica de tapetes a que nos levaram. A qual de fábrica tinha pouco, apenas uma mulher a fazer tapetes, e de loja tinha muito. Na qual o dono de tudo fez para nos impijir tapetes (alguém quer 2 tapetes para os 2 lados da cama por 25€?). Por isso aviso já aqueles que pensam por cá passar, para pelo menos estarem atentos a esta muito intensa técnica de vendas tunisina. Um outro ponto menos agradável é o atendimento, não só no hotel, mas num ponto de vista mais global. Pelo que ainda vi, e sei que ainda vi pouco e que posso mudar de opinião, o que falta na Tunísia para ser um excelente local de férias é mesmo o modo como recebem e tratam as pessoas. A preocupação que mostram com a imagem não é muita e isso, ao compararmos com outros destinos de férias começa a pesar muito. Algo também desagradável é a constante “caça à esmola”. Toda a gente, e mesmo dentro do hotel, parece que querem é gorjeta e sem isso parece que pouco fazem. No meu entender é partir de algo errado, para mim uma gorjeta é algo merecido por um bom trabalho e algo não obrigatório, e não um requisito para um serviço de qualidade. Apesar destes pontos menos positivos E de algum tempo chuvoso ligeiro, temos ainda muito para ver. No qual penso que a viagem pelo deserto que vamos ter na segunda-feira (às 5:40 da manha...) será uma experiência única e que nos mostrará coisas interessantes deste país. Vou agora descansar um pouco mais, já que é isso que vim fazer a este país.
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Um comentário:
Bem, aproveita aí a viagem ao deserto... é um sítio único e poderoso, inesquecível e lindíssimo! Foi das coisas que mais gostei na Tunisia :) E se pdueres da um saltinho a Sidi Bou Said :)
Beijocas
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