O dia de hoje, pelo menos a manhã, foi dedicado a conhecer um pouco da ilha do Sal. Obviamente foi só uma manhã, mas afinal de contas a ilha tem apenas pouco mais do que 200km2 o que também não é assim tanto.
Começamos por conhecer Espargos, a capital da ilha, fica no centro da mesma e é onde se vê mais atividade, quer de infra-estruturas, assim como pessoas. De qualquer modo ainda se mantém a mesma linha da ilha, muitas casas e poucas pessoas. Além disso, há uma grande dicotomia entre o que é estâncias turísticas e o resto da construção. Literalmente como água e vinho.
Ao menos acho que estão a tirar excelente partido da ilha do Sal, uma ilha plana, mas basicamente sem recursos, sem chuva e onde praticamente não nasce nada e pouco há. "Renegar" para cá os turistas é uma excelente idéias e os inúmeros resorts turísticos que estão a ser feitos mostra mesmo isso.
O passeio em Espargos foi curto, também a vila é pequena, vimos a zona mais velha e tivemos entre outras coisas a explicação da bandeira cabo-verdiense. A pequena linha vermelha é o esforço do cabo-verdiense, o branco a paz e o azul o céu e o mar. Finalmente as estrelas são as ilhas, algo idêntico ao que acontece com os Açores e a sua bandeira.
A próxima paragem foi a terra boa, uma zona árida mas onde a terra fértil e alguma chuva em Setembro, permite crescer alguma coisa. Nesta zona deu também para ver as miragens as quais para os mais cansados e sequiosos poderiam ser qualquer coisa.
Rumamos depois à Buracona e ao seu olho azul. Quer dizer, olho azul ou preto conforme o sol que há, infelizmente tivemos sempre tempo enublado, sendo que o poço, ou a Buracona como é conhecido estava com um preto cerrado a olhar para nós. Havendo mais sol teríamos visto um olho azul turquesa.
Depois fomos a uma aldeia piscatória onde deu para comprar algumas recordações. Achei curioso, para além dos preços inflacionados, um registo do caixa para depois dar a comissão aos guias.
O final da viagem foi visitar as salinas. As quais começaram a ser exploradas no século XVI, mas só em 1805 é que começaram com o formato mais sério que tem hoje. No entanto a produção atual é praticamente para consumo interno do arquipélago, sendo que noutros tempos os portugueses levavam as grandes quantidades de sal para vender pela Europa.
Nas salinas deu ainda para nos banharmos um pouco, mas com cuidado, porque com 26 vezes a quantidade de sal que há no mar é uma água que arde bastante na vista, como acidentalmente pude comprovar.
Saímos então de volta para o hotel, com sal pelo corpo como flocos de neve ou caspa crónica mas que não deixou de saber bem. O resto do dia foi para o relax, seguindo a máxima local do "no stress".
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