Este fim-de-semana tive direito a uma bela prenda, um retiro com o meu grupo de fados. A "desculpa" foi um retiro de eng. química que partilhamos.
O encontro começou ao final da tarde de sexta, fui a correr para a faculdade para me encontrar com as hostes. Por lá já tinhamos a camioneta à nossa espera para percorrermos a estrada e chegarmos a Vilarinho das Furnas, mais precisamente para a pausada da juventudo.
Apesar da boa disposição, comida e bebida, tenho a dizer que a condução do motorista deixou muito a desejar, com aquele acelera, trava, acelera, curva, etc. O resultado foi que houve quem não gostasse da condução e se queixasse em conformidade.
A viagem passou e fomos logo para a cantina pois a hora de jantar estava já passada. Esperava-nos uma bela massa à bolanhesa que serviu para bombear energia para o que viria.
As pessoas ficaram pelos sofás e alguns destemidos (aparentemente só gente do grupo) decidiu no negrume da noite ir a um marco geodésico ali ao pé. Foram quase duas horitas que andamos com as estrelas em cima e um caminho iluminado por uma pequena lanterna. O frio nem era assim tanto o que ajudou a apreciar a noite.
Eventualmente regressamos e tratamos de descansar para a caminhada que o dia seguinte traria...
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Projecto 52 - semana 7
Esta semana passada estive com alguma dificuldade em arranjar um tema para a foto da semana. O tempo disponível não ajudou e tive de fazer omoletes com os ovos que tinha. A ideia surgiu com os pós de conversas que tenho tido nos últimos tempos, quer em conversa de adereços, quer em fotografia nocturna.
Deixei a ideia a marinar um pouco e surgiu uma imagem na cabeça. Peguei na máquina e tratei de fazer umas longas exposições.
Conjuguei com um relógio e mais uma textura da autora que tenho utilizado recentemente. O resultado, algo noir, não é certamente uma imagem que agradará a todos, mas fiquei surpreso por se estar a tornar numa foto bem popular.
No Flickr, onde costumo ter as fotos disponíveis, há um top 500 diário das fotos mais "interessantes" (um algoritmo que usam que ninguém sabe muito bem como funciona). A foto entrou para o lugar 81, passou para 67 e hoje está no lugar 44. Algo muito interessante e motivante para mim. Afinal, saber que uma foto é apreciada é sempre bom para o artista que a cria.
Se gostarem, visitem e comentem!!
Deixei a ideia a marinar um pouco e surgiu uma imagem na cabeça. Peguei na máquina e tratei de fazer umas longas exposições.
Conjuguei com um relógio e mais uma textura da autora que tenho utilizado recentemente. O resultado, algo noir, não é certamente uma imagem que agradará a todos, mas fiquei surpreso por se estar a tornar numa foto bem popular.
No Flickr, onde costumo ter as fotos disponíveis, há um top 500 diário das fotos mais "interessantes" (um algoritmo que usam que ninguém sabe muito bem como funciona). A foto entrou para o lugar 81, passou para 67 e hoje está no lugar 44. Algo muito interessante e motivante para mim. Afinal, saber que uma foto é apreciada é sempre bom para o artista que a cria.
Se gostarem, visitem e comentem!!
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fotografia
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Passeios pelo Alvão
Esquecido como sou nem me lembrei de relatar um belo passeio que tive pelas Fisgas por estes dias. A boa companhia e um tempo frio ajudou a marcar mais o evento. Fiquei só algo desejoso de ter molhado mais os pés porque aí sim, seria ainda mais uma bela história para recordar.
Chegados a casa depois de umas horas a caminhar houve tempo para comer e descansar para ganhar energias. Tenho de repetir mais passeatas, desta feita com mais gente, uma vez que levei nas orelhas por não ter avisado os suspeitos do costume.
Para a próxima terei mais cuidado! :D
Chegados a casa depois de umas horas a caminhar houve tempo para comer e descansar para ganhar energias. Tenho de repetir mais passeatas, desta feita com mais gente, uma vez que levei nas orelhas por não ter avisado os suspeitos do costume.
Para a próxima terei mais cuidado! :D
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trekking
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
E tudo o vento levouvi
Nas notícias diz-se que o tempo está mau, alertas coloridos pelo país fora e aqui na Invicta parece que o vento faz das suas. No mercado do bom sucesso parece que a ventania tudo leva, como uma amiga minha me mostrou.
Parece que houve intervenção dos bombeiros, resta saber se a TVI lá vai contar mais uma história dos coitadinhos.
Parece que houve intervenção dos bombeiros, resta saber se a TVI lá vai contar mais uma história dos coitadinhos.
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trivialidades
Novo retiro das Antas - aniversário do Sete (Nuno)
O domingo teve mais festividades, o que apesar de as adorar, parece que calharam mesmo no fim-de-semana que precisava para descansar e não me deixar ir abaixo com uma gripe que vai ganhando terreno.
Decidi no entanto aguentar porque o ganho era certamente maior que a perda. Sendo que se comprovou e apesar da moleza o saldo é bem positivo. Posso dizer que desde salgados, feveras de porco preto, bifanas, doces e vinho em fartura, tudo me passou pelas mãos, ou melhor, pelo buxo.
Afinal qual a "desculpa" de hoje. O Sete, também teimosamente conhecido por Nuno (vá-se lá saber porquê), teve uma festa de anos com amigos família e os "penetras" do costume, que a convite lá foram cantar uns fadunchos.
Tivemos até oportunidade de conhecer alguns elementos do mítico grupo "Do Chopal até à Lapa", que cantaram connosco e deram um peculiar brilho à festa.
Um belo lanche ajantarado com excelente companhia e que merece ser recordado!
Decidi no entanto aguentar porque o ganho era certamente maior que a perda. Sendo que se comprovou e apesar da moleza o saldo é bem positivo. Posso dizer que desde salgados, feveras de porco preto, bifanas, doces e vinho em fartura, tudo me passou pelas mãos, ou melhor, pelo buxo.
Afinal qual a "desculpa" de hoje. O Sete, também teimosamente conhecido por Nuno (vá-se lá saber porquê), teve uma festa de anos com amigos família e os "penetras" do costume, que a convite lá foram cantar uns fadunchos.
Tivemos até oportunidade de conhecer alguns elementos do mítico grupo "Do Chopal até à Lapa", que cantaram connosco e deram um peculiar brilho à festa.
Um belo lanche ajantarado com excelente companhia e que merece ser recordado!
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fados
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Noite de fados - Mafamude
Foi no sábado passado que tivemos oportunidade de ajudar a uma boa causa. Desta feita deslocamo-nos a Mafamude, logo a sul do nosso Porto, para a próxima terra de Vila nova de Gaia (dito assim parece que foi uma grande viagem). E tratamos de participar na Noite de Fados do Clã 90.
A noite fria fez-se sentir, e com o corpo a indiciar uma bela gripe lá cheguei, temia que algo não corresse muito bem. Já a sala estava composta e não tardou a espalharmos o nosso gosto pelo fado de Coimbra. O público parecia corresponder e tivemos um feedback muito efusivo e positivo. Algo bem reconfortante quando temos essa "troca de galhardetes" com o público. É que mesmo pensando nas horas sem fim "perdidas" a ensaiar, ter estes mimos é sempre muito positivo.
No entanto a música passou depressa, tal como a companhia dos meus amigos do grupo e tudo não tardou a passar. Sinto mesmo que quando gostamos muito de algo é certo que acaba depressa (nem que o depressa demore décadas).
Como diria uma amiga minha, "vocês gostam mais uns dos outros que chocolate".
A noite fria fez-se sentir, e com o corpo a indiciar uma bela gripe lá cheguei, temia que algo não corresse muito bem. Já a sala estava composta e não tardou a espalharmos o nosso gosto pelo fado de Coimbra. O público parecia corresponder e tivemos um feedback muito efusivo e positivo. Algo bem reconfortante quando temos essa "troca de galhardetes" com o público. É que mesmo pensando nas horas sem fim "perdidas" a ensaiar, ter estes mimos é sempre muito positivo.
No entanto a música passou depressa, tal como a companhia dos meus amigos do grupo e tudo não tardou a passar. Sinto mesmo que quando gostamos muito de algo é certo que acaba depressa (nem que o depressa demore décadas).
Como diria uma amiga minha, "vocês gostam mais uns dos outros que chocolate".
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fados
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Ponto de As-sukkar
Para quem gosta de coisas doces, ou salgadas, ou assim assim, aqui vai uma bela sugestão de quem tem mais dotes culinários que eu (o que também não é assim tão difícil). Mesmo assim, para quem quer preparar umas iguarias apetitosas, fica o apontador para o ponto de açúcar, perdão, ponto de as-sukkar.
O blog ainda está nos primórdios mas promete dar muito agrado com o que nos traz.
P.s. - a imagem já é do blog, um belo manjar de maçã...
O blog ainda está nos primórdios mas promete dar muito agrado com o que nos traz.
P.s. - a imagem já é do blog, um belo manjar de maçã...
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gastronomia
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Apaixone-se...
Porque alguém recomendou e porque é mesmo assim, tão simples. Temos sempre a mania de complicar as coisas e é tudo tão simples. Pode ser difícil, muito difícil, mas será no final de contas...simples...
Amanhã será então mais um dia para me apaixonar, apaixonar por mim, por nós, por eles, por todos, por coisas e coisinhas.
Amanhã será então mais um dia para me apaixonar, apaixonar por mim, por nós, por eles, por todos, por coisas e coisinhas.
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trivialidades
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Carregadores para todos
Algo que fazia algumas pessoas se manter na companhia de uma marca de telemóvel era, entre outras coisas, os acessórios, nomeadamente os carregadores. "Já lá tenho uns em casa, e assim não preciso de comprar outro para o trabalho".
Ou a frequente situação do "ai estou sem bateria e só tenho o carregador em casa".
Vá lá que a União Europeia não é assim tão má e com alguma pressão (viva os lobbies...), convenceu grandes marcas de telemóveis a ter um tipo de carregador único.
O formato é o micro-USB. O que permite carregar o telemóvel ou da tomada ou do PC. Formato esse que já se começa a ver, em novos Nokias, no meu Samsung ou mesmo em Blackberries. Pelo menos estes são os exemplos que já tive perto de mim.
A ideia para além de ter um carregador único e não ficarmos sem carga é a mais longo prazo, poder vender telemóveis sem carregador, o que baixará o custo dos mesmos (afinal sempre é menos uma coisa a ser vendida). E mesmo que se deseje comprar carregadores, a oferta será tanta (nomeadamente de marcas brancas) e tão barata, que não será um impedimento.
Boas notícias!
P.S. - Para os curiosos, vejam o site desta iniciativa aqui
Ou a frequente situação do "ai estou sem bateria e só tenho o carregador em casa".
Vá lá que a União Europeia não é assim tão má e com alguma pressão (viva os lobbies...), convenceu grandes marcas de telemóveis a ter um tipo de carregador único.
O formato é o micro-USB. O que permite carregar o telemóvel ou da tomada ou do PC. Formato esse que já se começa a ver, em novos Nokias, no meu Samsung ou mesmo em Blackberries. Pelo menos estes são os exemplos que já tive perto de mim.
A ideia para além de ter um carregador único e não ficarmos sem carga é a mais longo prazo, poder vender telemóveis sem carregador, o que baixará o custo dos mesmos (afinal sempre é menos uma coisa a ser vendida). E mesmo que se deseje comprar carregadores, a oferta será tanta (nomeadamente de marcas brancas) e tão barata, que não será um impedimento.
Boas notícias!
P.S. - Para os curiosos, vejam o site desta iniciativa aqui
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IT
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Cristina Braga - Casa da Música
É neste mês de Fevereiro, mais precisamente no dia 17 que na casa da música vai estar Cristina Braga, que traz uma mistura de música popular brasileira com arpa. Uma mistura que ainda desconheço em pormenor, mas que estou curioso de descobrir.
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música
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Quais doenças?!
Realmente quando era miúdo não havia tanto foco em "doenças" ou "limitações" que vemos tantos psiquiatras
a "pregar". Obviamente há muitas pessoas com condições sérias e que precisam de ajuda e de tratamento. Sinto no entanto que a maioria das situações são nada mais nada menos que pessoas normais, apenas talvez, mal direccionadas. Só temos que saber orientar as energias que temos no sentido que desejamos, ou ajudar os outros nesse caminho.
Fica aqui um pequeno vídeo que pode ajudar a ver as coisas por outro prisma...
a "pregar". Obviamente há muitas pessoas com condições sérias e que precisam de ajuda e de tratamento. Sinto no entanto que a maioria das situações são nada mais nada menos que pessoas normais, apenas talvez, mal direccionadas. Só temos que saber orientar as energias que temos no sentido que desejamos, ou ajudar os outros nesse caminho.
Fica aqui um pequeno vídeo que pode ajudar a ver as coisas por outro prisma...
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trivialidades
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Avioraz - já faltou mais
Este ano vou voltar a ter a sorte de poder ir esquiar. Já antes de partir tenho algum pesar por não ir toda a gente que gostaria que fosse, mas espero que mesmo assim tenha uma semana cansativa e revigorante. Cansativa porque esquiar 6 horas por dia é exercício a sério e revigorante porque percorrer imensas montanhas brancas com paisagens extensas é algo que acho belíssimo e me alimenta o espírito.
O plano é para ir para Avioraz, Alpes. Algo que era quase uma exigência, não fosse a minha saturação com Andorra, a qual visitei por 4 vezes seguidas. Além do mais, uma visita aos Alpes pode ajudar-me a recolher alguma informação para uma subida em 2012 ao Monte Branco.
Mas antes disso há ski, que ainda falta...Março, nunca mais chegas!
O plano é para ir para Avioraz, Alpes. Algo que era quase uma exigência, não fosse a minha saturação com Andorra, a qual visitei por 4 vezes seguidas. Além do mais, uma visita aos Alpes pode ajudar-me a recolher alguma informação para uma subida em 2012 ao Monte Branco.
Mas antes disso há ski, que ainda falta...Março, nunca mais chegas!
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neve
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Tudo o que espoliámos à “geração sem remuneração”
Tudo o que espoliámos à “geração sem remuneração” - por José Manuel Fernandes
Para uns terem “direitos adquiridos” para sempre, outros ficaram sem direitos nenhuns: os mais novos, os nossos filhos
Quando o FMI chegou pela segunda vez a Portugal, em 1983, eu tinha 26 anos. Num daqueles dias de ambiente pesado, quando havia bandeiras pretas hasteadas nos portões das fábricas da periferia de Lisboa, quando nos admirávamos com ser possível continuar a viver e a trabalhar com meses e meses de salários em atraso, almocei com um incorrigível optimista no Martinho da Arcada. Nunca mais me esqueci de uma sua observação singela: “Já reparaste como, apesar de todos os actuais problemas, a nossa geração vive melhor do que as dos nossos pais? Tenta lembrar-te de como era quando eras miúdo…”
Era verdade: a minha geração viveu e vive muito melhor do que a dos seus pais. E eles já viveram melhor do que os pais deles. Mas quando olho para a geração dos meus filhos, e dos que são mais novos do que eles, sinto, sei, que já não vai ser assim. E não vai ser assim porque nós estragámos tudo – ou ajudámos a estragar tudo. Talvez aqueles que são um bocadinho mais velhos do que eu, os verdadeiros herdeiros da “geração de 60”, os que ocuparam o grosso dos lugares do poder nas últimas três décadas, tenham um bocado mais de responsabilidade. Mas ninguém duvide que o futuro que estamos a deixar aos mais novos é muito pouco apetecível. E que o seu presente já é, em muitos aspectos, insuportável.
Começámos por lhes chamar a “geração 500 euros”, pois eram licenciados e muitos não conseguiam empregos senão no limiar do salário mínimo. Agora é ainda pior. Quase um em cada quatro pura e simplesmente não encontram emprego (mais de 30 por cento se tiverem um curso superior). Dos que encontram, muitos estão em “call centers”, em caixas de supermercados, ao volante de táxis, até com uma esfregona e um balde nas mãos apesar de terem andado pela Universidade e terem um “canudo”. Pagam-lhes contra recibos verdes e, agora, o Estado ainda lhes vai aplicar uma taxa maior sobre esse muito pouco que recebem. Vão ficando por casa dos pais, adiando vidas, saltitando por aqui e por ali com medo de compromissos.
Há 30 anos, quando Rui Veloso fixou um estereótipo da minha geração em “A rapariguinha do Shopping”, a letra do Carlos Tê glosava a vaidade de gente humilde em ascensão social, fosse lá isso o que fosse: “Bem vestida e petulante/Desce pela escada rolante/Com uma revista de bordados/Com um olhar rutilante/E os sovacos perfumados/…/Nos lábios um bom batom/Sempre muito bem penteada/Cheia de rimel e crayon…”
Hoje, quando os Deolinda entusiasmam os Coliseus de Lisboa e do Porto, o registo não podia ser mais diferente: “Sou da geração sem remuneração/E não me incomoda esta condição/Que parva que eu sou/Porque isto está mal e vai continuar/Já é uma sorte eu poder estagiar…” Exacto: “Já é uma sorte eu poder estagiar”, ou mesmo trabalhar só pelo subsídio de refeição, ou tentar a bolsa para o pós-doc depois de ter tido bolsa para o doutoramento e para o mestrado e nenhuma hipótese de emprego. Sim, “Que mundo tão parvo/Onde para ser escravo é preciso estudar…”
É a geração espoliada. A geração que espoliámos.
Sem pieguices, sejamos honestos: na loucura revolucionária do pós-25 de Abril, primeiro, depois na euforia da adesão à CEE, por fim na corrida suicida ao consumo desencadeada pela adesão à moeda única e pelos juros baixos, desbaratámos numa geração o rendimento de duas gerações. Talvez mais. As nossas dívidas, a pública e a privada, já correspondem a três vezes o produto nacional – e não vamos ser nós a pagá-las, vamos deixá-las de herança.
Quisemos tudo: bons salários, sempre a subir, e segurança no emprego; casa própria e casa de férias; um automóvel para todos os membros da família; o telemóvel e o plasma; menos horas de trabalho e a reforma o mais cedo possível. Pensámos que tudo isso era possível e, quando nos avisaram que não era, fizemos como as lapas numa rocha batida pelas ondas: enquistámos nas posições que tínhamos alcançado. Começámos a falar de “direitos adquiridos”. Exigimos cada vez mais o impossível sem muita disposição para darmos qualquer contrapartida. Eram as “conquistas de Abril”.
Veja-se agora o país que deixamos aos mais novos. Se quiserem casa, têm de comprá-la, pois passaram-se décadas sem sermos capazes de ter uma lei das rendas decente: continuamos com os centros das cidades cheios de velhos e atiramos os mais novos para as periferias. Se quiserem emprego, mesmo quando são mais capazes, mesmo quando têm muito mais formação, ficam à porta porque há demasiada gente instalada em empregos que tomaram para a vida. Andaram pelas Universidades mas sabem que, nelas, os quadros estão praticamente fechados. Quando têm oportunidade num instituto de investigação, dão logo nas vistas, mas são poucas as oportunidades para tanta procura. Pensaram ser professores mas foram traídos pela dinâmica demográfica e pela diminuição do número de alunos. Sonharam com um carreira na advocacia, mas agora até a sua Ordem se lhes fecha. Que lhes sobra? As noites de sexta-feira e pensarem que amanhã é outro dia…
E observe-se como lhes roubámos as pensões a que, teoricamente, um dia teriam direito: a reforma Vieira da Silva manteve com poucas alterações o valor das reformas para os que estão quase a reformar-se ao mesmo tempo que estabelecia fórmulas de cálculo que darão aos jovens de hoje reformas que corresponderão, na melhor das hipóteses, a metade daquelas a que a geração mais velha ainda tem direito. Eles nem deram por isso. Afinal como poderia a “geração ‘casinha dos pais’” pensar hoje no que lhe acontecerá daqui a 30 ou 40 anos?
Esta geração nunca se revoltará, como a geração de 60, por estar “aborrecida”, ou “entediada”, com o progresso “burguês”. Esta geração também não se mobilizará porque… “talvez foder”. Mas esta geração, que foi perdendo as ilusões no Estado protector – ela sabe muito bem como está desprotegida no desemprego, por exemplo… –, habituou-se também a mudar, a testar, a arriscar e, sobretudo, a desconfiar dos “instalados”.
Esta geração talvez já tenha percebido que não terá uma vida melhor do que a dos seus pais, pelo menos na escala que eles tiveram relativamente aos seus avós. Por isso esta geração não segue discursos políticos gastos, nem se deixa encantar com retóricas repetitivas, nem acredita nos que há muito prometem o paraíso.
Por isso esta geração pode ser mobilizada para o gigantesco processo de mudança por que Portugal tem de passar – mais do que um processo de mudança, um processo de reinvenção. Portugal tem de deixar de ser uma sociedade fechada e espartilhada por interesses e capelinhas, tem de se abrir aos seus e, entre estes, aos que têm mais ambição, mais imaginação e mais vontade. E esses são os da geração “qualquer coisa” que só quer ser “alguma coisa”. Até porque parvoíce verdadeira é não mudar, e isso eles também já perceberam…
p.s. - Só diria em teor de conclusão, para deixarmos de ligar a tantos sindicalistas que parece que falam, falam e nada fazem, e trabalharmos, e não nos contentarmos com as coisas "porque são assim". Sejamos mais activos exijamos, mas demos em troca, se não, não há balança que resista.
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trivialidades
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Projecto 52 - semana 5
A imagem desta semana saiu um bocado atrasada. Ando numa curiosa altura, com uma agenda em ebulição e que, enquanto não me adapto a ela, causa esta pequena falta de organização. A ideia é sempre ter a foto pronta até ao final da semana, mas sendo mais tempo necessário para criar e trabalhar fotos que são mais elaboradas, a imagem saiu só no Domingo.
Esta semana houve um pequeno jogo com várias imagens e na qual um pequenino "eu" espera por algo. Um belo trabalho e que tem sido muito criativo.
Para a semana há uma ideia, uma ideia que até é simples, mas algo arrojada. Resta saber se a consigo criar, pois vou precisar de ajuda à altura.
Dias felizes estas, felizes e criativos, que requerem aproveitar todos estes segundos que escorrem pelos nossos dedos...
Esta semana houve um pequeno jogo com várias imagens e na qual um pequenino "eu" espera por algo. Um belo trabalho e que tem sido muito criativo.
Para a semana há uma ideia, uma ideia que até é simples, mas algo arrojada. Resta saber se a consigo criar, pois vou precisar de ajuda à altura.
Dias felizes estas, felizes e criativos, que requerem aproveitar todos estes segundos que escorrem pelos nossos dedos...
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Samsung Spica - análise
Passado uns meses de andar com o Samsung Spica já tenho mais algumas opiniões formadas sobre o telefone. Umas boas e outras más.
Começando pelo pior saliento logo a aplicação Samsung Kies, utilizada para ligar o telemóvel com o PC e supostamente passar informação, fazer backups, etc. Saliento aqui o supostamente. É que a aplicação é completamente horrível. Ao arrancar (pelo menos a versão mais recente desta aplicação) aparecem certa de 20 janelas (uma de cada vez) a dizer que o serviço não iniciou correctamente. Como se já não fosse mau, as funcionalidades são péssimas. Para reconhecer o telemóvel é difícil e tentar fazer uma coisa tão simples como um backup de contactos fico sempre pelo caminho. A aplicação começa a copiar mas nunca leva a bom porto o processo.
Depois há duas coisas más no telefone. A mais impeditiva é o botão de ligar/desligar, mesmo com o telefone bloqueado pode-se carregar durante algum tempo neste botão e aparecem 3 opções, entre elas o modo de voo (desliga antenas) ou desligar o telefone. O resultado? O telemóvel dentro do bolso tende a desligar-se volta e meia. O que só ligo quando passado algum tempo o volto a ligar inadvertidamente e ouço o som de arranque.
A outra coisa negativa é a falta de um simples LED a dizer que há, por exemplo, uma SMS pendente de ser lida ou a bateria está a dar as últimas. O que neste último caso pode resultar em passado algum tempo olhamos para o telemóvel e vemos que o mesmo já está desligado há algum tempo.
Mas devo ser justo e neste telefone não há só espinhos. O Android faz maravilhas (no telemóvel é a versão 2.1, a qual deveria ser actualizada para a 2.2, mas pelo que já me apercebi e li em vários sites, a Samsung não prima muito por dar um apoio de qualidade nestes casos). A possibilidade de ter milhares de aplicações, muitas gratuítas, que fazem inúmeras tarefas é uma benesse. Além disso, a funcionalidade em si, isto é, a usabilidade do telefone é muito agradável, ainda para mais se aliarmos uma conta Google que permite, entre outras coisas, sincronizar dados com a nossa conta de mail ou calendário.
Outra vantagem é que o telemóvel é rápido, graças a um bom processador, que faz com que a utilização de GPS seja bem agradável e literalmente em tempo real. Foi uma grande melhoria face ao meu HTC Touch 3g que lutava para actualizar a imagem, mostrando uma provavelmente de 3 em 3 segundos. Já o Samsung actualiza logo a informação (por exemplo 10/15 frames por segundo).
Em suma? Posso dizer que a aplicação de ligação ao PC é péssima e há alguns problemas que seriam facilmente corrigidos via software (com custos bem diminutos para a Samsung), no entanto face ao Android o telefone ganha pontos. Seria no entanto muito positivo a Samsung actualizar o firmware (para o Android 2.2) e no processo corrigir estes pontos que tanto prazer de utilização fazem o aparelho perder.
Começando pelo pior saliento logo a aplicação Samsung Kies, utilizada para ligar o telemóvel com o PC e supostamente passar informação, fazer backups, etc. Saliento aqui o supostamente. É que a aplicação é completamente horrível. Ao arrancar (pelo menos a versão mais recente desta aplicação) aparecem certa de 20 janelas (uma de cada vez) a dizer que o serviço não iniciou correctamente. Como se já não fosse mau, as funcionalidades são péssimas. Para reconhecer o telemóvel é difícil e tentar fazer uma coisa tão simples como um backup de contactos fico sempre pelo caminho. A aplicação começa a copiar mas nunca leva a bom porto o processo.
Depois há duas coisas más no telefone. A mais impeditiva é o botão de ligar/desligar, mesmo com o telefone bloqueado pode-se carregar durante algum tempo neste botão e aparecem 3 opções, entre elas o modo de voo (desliga antenas) ou desligar o telefone. O resultado? O telemóvel dentro do bolso tende a desligar-se volta e meia. O que só ligo quando passado algum tempo o volto a ligar inadvertidamente e ouço o som de arranque.
A outra coisa negativa é a falta de um simples LED a dizer que há, por exemplo, uma SMS pendente de ser lida ou a bateria está a dar as últimas. O que neste último caso pode resultar em passado algum tempo olhamos para o telemóvel e vemos que o mesmo já está desligado há algum tempo.
Mas devo ser justo e neste telefone não há só espinhos. O Android faz maravilhas (no telemóvel é a versão 2.1, a qual deveria ser actualizada para a 2.2, mas pelo que já me apercebi e li em vários sites, a Samsung não prima muito por dar um apoio de qualidade nestes casos). A possibilidade de ter milhares de aplicações, muitas gratuítas, que fazem inúmeras tarefas é uma benesse. Além disso, a funcionalidade em si, isto é, a usabilidade do telefone é muito agradável, ainda para mais se aliarmos uma conta Google que permite, entre outras coisas, sincronizar dados com a nossa conta de mail ou calendário.
Outra vantagem é que o telemóvel é rápido, graças a um bom processador, que faz com que a utilização de GPS seja bem agradável e literalmente em tempo real. Foi uma grande melhoria face ao meu HTC Touch 3g que lutava para actualizar a imagem, mostrando uma provavelmente de 3 em 3 segundos. Já o Samsung actualiza logo a informação (por exemplo 10/15 frames por segundo).
Em suma? Posso dizer que a aplicação de ligação ao PC é péssima e há alguns problemas que seriam facilmente corrigidos via software (com custos bem diminutos para a Samsung), no entanto face ao Android o telefone ganha pontos. Seria no entanto muito positivo a Samsung actualizar o firmware (para o Android 2.2) e no processo corrigir estes pontos que tanto prazer de utilização fazem o aparelho perder.
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Sony alpha A77
Chiça, parece que a minha sucessora à SLR A330 que tenho por casa só sai em Julho/Setembro...e eu que já ando há imenso tempo a querer mudar de máquina. Não parece bem.
Mas de qualquer modo, face ao que existe parece mais sensato do que comprar algo para ficar ougado.
Se forem curiosos destas coisas, aqui ficam mais detalhes.
Mas de qualquer modo, face ao que existe parece mais sensato do que comprar algo para ficar ougado.
Se forem curiosos destas coisas, aqui ficam mais detalhes.
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Estou com muito trabalho....
E já percebi uma técnica usada por certas pessoas para parecer que têm muito que fazer.
Andem sempre de trombas e a malta pensa que estão muito ocupados. Algo já referido na série do Seinfeld :D
Para perceber, há que ver isto:
http://www.youtube.com/watch?v=rOQmxNPTJwc
Andem sempre de trombas e a malta pensa que estão muito ocupados. Algo já referido na série do Seinfeld :D
Para perceber, há que ver isto:
http://www.youtube.com/watch?v=rOQmxNPTJwc
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