Depois de umas horas de viagem, circundamos a grande montanha. A porta de Rongai é a nordentes, sendo que Moshi, onde estavamos alojados é a sudoeste. Por esta altura estamos a certa de 2000 metros de altitude e temos 3 horas de viagem para as pernas. Conosco estão mais 2 inglêses, pai e filha. Ainda algo calados, sendo que é de esperar que seja pelo primeiro contacto e não por serem mudos.
Quanto ao ambiente, depois de sairmos de Moshi, com os seus 800.000 habitantes, temos sempre gente a sorrir e a acenar. Se as gentes da viagem o façam por talvez esperarem uma grojeta, muitos outros parecem ser verdadeiramente cândidos na sua expressão. Achei ainda piada a um grupo de 8 míudos que nos vieram logo interpolar no restaurante onde almoçamos. O Chico tinha uns caramelos que desapareceram rapidamente, perante o apetite dos petizes. Fico com curiosidade de passar uns tempos a ajudar numa missão para viver essa gratidão tão genuína, embora consciente que não fosse a primeira pessoa a fazê-lo.
Fico agora neste descanso, nesta calma, sem telemóveis, carros, confusão. Apenas nós e o desafio que enfrentamos. A planície e a música são tudo o que a alma precisa neste momento.
P.S.- É curioso as intermináveis plantações de bananas e também, no supé da montanha, de pinheiros mexicanos, os quais são plantados pela sua madeira que será utilizada para construção.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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Um comentário:
Provavelmente este será o texto que escreveste da viagem que mais gostei :D
Revejo-me em alguns dos sentimentos que tiveste neste dia! Se um dia fores em missão..talvez vá contigo! quem sabe... ;D*
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