A noite de ontem foi muito frustrante. Quer eu, quer o Chico não conseguimos pregar olho devido a termos os pés gelados. Parece um mal de família, o qual, por muito confortável que esteja o corpo, se os pés estão frios, não há sono que chegue. Pode-se dizer que a noite foi a mais fria que apanhamos.
Acordamos, ou melhor, levantamo-nos pelas 6:20 (umas agradáveis 4:20 na pátria) e apesar do cansaço, arrumamos tudo e deixamos “Mawenzi Tam” para seguirmos para “Kibo Hut”, o último porto antes da derradeira subida. Ao longo de 9 km, passamos dos 4315mt para os 4703mt. A caminhada foi a um bom ritmo e em 3 horas percorremos a desolada planície. Os últimos 2km foram um desafio pois eram sempre a subir, algo que a esta altitude é um grande desafio.
Pelo caminho ainda passamos pelos destroços de uma avioneta, a qual se despenhou há 3 anos. O nevoeiro foi o inimigo e só o piloto saiu para contar a história.
Chegados a “Kibo Hut”, a montanha Kibo (que é o nome da montanha mais alta do parque Kilimanjaro) intimida qualquer um. Deste ponto, e nuns escassos 6km, sobem-se cerca de 1200mt.
Efectuamos o registo que permite à gestão do parque ter alguma noção do progresso dos visitantes e, segundo indicação do nosso guia Bruce, parece que nos dão um diploma no final.
Já na tenda, a nossa amiga Joanna do Canadá (que está a fazer o mesmo percurso mas em 6 dias), veio à nossa procura e falou-nos da sua subida. Uma coisa sublinhou, o frio! “Levem toda a roupa que tiverem”, disse. Também nos disse que o trajecto que fizemos hoje (em 3h), demorou-lhe 4h, o que é um bom presságio para nós. Para compensar, começou a cair algum granizo e, continuando assim, a nossa saída pela meia-noite será dura.
Resta agora descansar para poder enfrentar com mais força a noite mais longa.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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